Quem é 'O Povo'? Sobre o Sujeito Impossível da Democracia
DOI:
https://doi.org/10.17808/des.39.179Palavras-chave:
Democracia, soberania popular, representação, o político, Rosanvallon, Rancière, HabermasResumo
Neste artigo, sugiro que podemos usufruir de um novo ponto de vista nos dilemas contemporâneos da teoria democrática ao considerarmos a democracia como um processo e uma reivindicação ao invés de uma forma de regime, seja ele real ou ideal. Para tanto, foco na idéia do 'povo', o fundamento ostensivo da democracia. Distingo quatro respostas diferentes à notória dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de se localizar concretamente 'o povo'. As três primeiras são relativamente familiares, e correspondem a interpretações da democracia que vou chamar de liberal, associativa e participatória-radical. Todas têm desvantagens significativas, assim, passo à quarta interpretação. Nessa perspectiva, a qual elaborei principalmente com base na obra de Pierre Rosanvallon e Jacques Rancière, o valor prático da idéia do povo é negativo: o valor político do 'povo' não está em apontar para um povo positivo, real ou ideal, mas sim nas formas pelas quais qualquer visão oficial do 'povo' falha em corresponder à sua contraparte empírica, determinada e real em qualquer momento.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de artigos para publicação na Revista Direito, Estado e Sociedade implica a concordância dos autores com os seguintes termos:
1. O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto em número da Revista;
2. O(s) autor(es) asseguram que o texto submetido é original e inédito e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
3. O(s) autor(es) assumem inteira responsabilidade pelas opiniões, ideias e conceitos sustentados nos textos;
4. O(s) autor(es) concedem aos editores o direito de realizar ajustes textuais e de adequação ao padrão de publicação da Revista;
5. Permite-se a reprodução total ou parcial dos trabalhos, desde que explicitamente citada a fonte.