Tratado de Madri de 1750 e sociedade de cortes: elementos de um legado colonial jurídico internacional no Brasil independente

Autores

  • Arthur Roberto Capella Giannattasio Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP)

DOI:

https://doi.org/10.17808/des.0.1478

Palavras-chave:

Tratado de Madri de 1750, sociedade de corte, legado colonial, independência do Brasil, inserção internacional do Brasil

Resumo

Resumo: A tradição jurídica reconhece o Tratado de Madrid (1750) como (i) resultado do gênio pessoal do diplomata luso-americano Alexandre de Gusmão, e (ii) um documento infrutífero e voltado apenas à resolução de conflitos territoriais entre Coroas ibéricas. Sem ignorar tal leitura, uma pesquisa qualitativa baseada em fontes primárias e secundárias e guiada pela noção de sociedade de Cortes permite vislumbrar nele um sentido estrutural mais profundo: replicar e manter caracteres de uma ordem internacional marcada pelos parâmetros de um corpus politicum mysticum. Argumentamos que (i) reconhecer tais elementos proporciona à historiografia jurídica brasileira nuances adicionais na avaliação de rupturas e continuidades entre América portuguesa e Brasil independente, pois (ii) o Tratado de Madri (1750) incorpora tradições que marcariam a política externa brasileira após sua emancipação política.

Palavras-chave: corpus politicum mysticum, legado colonial brasileiro, inserção internacional do Brasil, uti possidetis, direito internacional como herança colonial.

Abstract: Seeking asylum presents itself as a surviving strategy to a part of the Legal tradition recognizes the Madrid Treaty (1750) as (i) the result of the personal genius of the Portuguese-American diplomat Alexandre de Gusmão, and (ii) a fruitless document aimed only at resolving territorial conflicts between Iberian crowns. Without ignoring this reading, a qualitative research based on primary and secondary sources and guided by the notion of Court society allows us to glimpse a deeper structural sense: to replicate and maintain characters of an international order marked by the parameters of a corpus politicum mysticum. We argue that (i) recognizing such elements provides Brazilian legal historiography additional nuances in the assessment of ruptures and continuities between Portuguese America and Independent Brazil, since (ii) the Treaty of Madrid (1750) incorporates traditions that would mark Brazilian foreign policy after its political emancipation.

Keywords: corpus politicum mysticum, brazilian colonial legacy, international insertion of Brazil, uti possidetis, international law as a colonial heritage

Biografia do Autor

Arthur Roberto Capella Giannattasio, Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP)

Pós-doutorado no Max-Planck-Institut für ausländisches öffentliches Recht und Völkerrecht (Heildelberg, Alemanha)

Doutor em Direito Internacional e Comparado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD/USP)

Professor Visitante dos Programas de Pós-Graduação lato sensu (Mestrado e Doutorado) (i) da Koç University (Turquia), (ii) da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD/USP) e (iii) da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV DIREITO SP).

Pesquisador Visitante da Università Telemativa La Sapienza (UNITELMA) (Roma, Itália) e da Université Panthéon-Assas (Paris II) (Paris, França)

Referências

ANGHIE, Antony. La Evolución del Derecho Internacional: Realidades Coloniales y Poscoloniales. In: ANGHIE, Antony; KOSKENNIEMI, Martti; ORFORD, Anne. Imperialismo y Derecho Internacional. Bogotá: Siglo del Hombre/Universidad de los Andes/Pontifícia Universidad Javeriana, 2016, pp. 95-126.

ARNAUD, André-Jean. Entre Modernité et Modialisation. 2 ed. Paris: LGDJ, 2004.

BARBOZA FILHO, Rubem. Tradição e Artifício. Belo Horizonte/Rio de Janeiro: UFMG/IUPERJ, 2000.

BOURDIEU, Pierre. Campo Intelectual e Projeto Criador. In: POUILLON, Jean (Org.). Problemas do Estruturalismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1968, pp. 105-45.

BOXER, Charles. Renascimento e Expansão no Ocidente (1663-1750). In: BOXER, Charles. O Império Marítimo Português (1415-1825). Lisboa: Edições 70, 2001, pp. 163-89.

BRITO, Adriane; VEÇOSO, Fabia; RORIZ, João. "Seremos Julgados": Revisitando o Debate entre Alvarez e Sá Vianna sobre a Regionalização do Direito Internacional na América Latina. In: JUBILTU, Liliana (Coord.). Direito Internacional Atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014, pp. 287-315.

BROTERO, José. Aula Inaugural do Curso Jurídico em São Paulo (1.3.1828), O Farol Paulistano, n. 94, pp. 387-90, 1828.

CARDIM, Carlos. A Luta pelo Princípio da Igualdade entre as Nações. In: FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO (FUNAG). II Conferência de Paz, Haia 1907: A Correspondência Telegráfica entre o Barão do Rio Branco e Rui Barbosa. Brasília: FUNAG, 2014, pp. 11-29.

CARDIM, Pedro, Cortes e Cultura Política no Portugal do Antigo Regime. Lisboa: Cosmos, 1998.

CARVALHO, Antônio. Raul Fernandes - Um Servidor do Brasil. Rio de Janeiro: Agir, 1956.

CASELLA, Paulo. Fundamentos do Direito Internacional Pós-Moderno. São Paulo: Quartier Latin, 2008.

CASELLA, Paulo. Direito Internacional dos Espaços. São Paulo: Atlas, 2009.

CASELLA, Paulo. Direito Internacional no Tempo Medieval e Moderno até Vitória. São Paulo: Atlas, 2012.

CERVO, Amado. O Parlamento Brasileiro e as Relações Exteriores (1826-1889). Brasília: UnB, 1981.

CERVO, Amado; BUENO, Clodoaldo. A Política Externa Brasileira (1822-1985). São Paulo: Ática, 1986.

CHARTIER, Roger. Formação Social e Economia Psíquica: A Sociedade de Corte no Processo Civilizador. In: ELIAS, Norbert. A Sociedade de Corte: Investigação sobre a Sociologia da Realeza e da Aristocracia de Corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, pp. 7-25.

COSTA, Emilia Viotti da. Introdução ao Estudo da Emancipação Política. In: MOTA, Carlos (Org.). Brasil em Perspectiva. 10 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: DIFEL, 1978, pp. 64-125.

COSTA, Emilia Viotti da. A Política e a Sociedade na Independência do Brasil. In: COSTA, Emilia. Brasil: História, Textos e Contextos. São Paulo: UNESP, 2015, pp. 9-24.

COUR PERMANENTE DE JUSTICE INTERNATIONALE (CPJI). Procès-Verbaux de Séances du Comité. La Haye: Van Langenhuysen, 1920.

CUNHA, Mafalda. A Casa de Bragança (1560-1640). Lisboa: Estampa, 2000.

DAL RI JR., Arno; MARTINS, Anna Clara. A justiça do rei que disciplina seu povo: Traços agostinianos do retrato que Hincmar de Reims faz do monarca carolíngio em seu papel jurídico. Revista Quaestio Iuris, v. 10, n. 3, p. 1633-1663, 2017.

DAL RI JR., Arno; NUNES, Diego. A Tirania como Categoria Jurídica de Governo: A Construção do ius publicum medieval na obra de Bartolo de Saxoferrato. Revista Justiça do Direito, v. 32, n. 3, p. 480-508, 2019.

DESCAMPS, Olivier. Observations sur la Formation Historique des Frontières Européenes. Revista Direito Mackenzie, v. 10, n. 2, p. 54-70, 2016.

DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil Império. São Paulo: Contexto, 2017.

ÄORDESKA, Marija. General Principles of Law Recognized by Civilized Nations (1922-2018). Leiden: Brill/Nijhoff, 2020.

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. v. II. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

ELIAS, Norbert. Ensaio sobre as Relações Estabelecidos-Outsiders. In: ELIAS, Norbert. Elias. Os Estabelecidos e os Outsiders - Sociologia das Relações de Poder a partir de uma Pequena Comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, pp. 19-50.

ELIAS, Norbert. A Sociedade de Corte: Investigação sobre a Sociologia da Realeza e da Aristocracia de Corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. v. I. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.

ESLAVA, Luís. The Moving Location of Empire: Indirect Rule, International Law, and the Bantu Educational Kinema Experiment. Leiden Journal of International Law, v. 31, n. 3, p. 539-67, 2018.

ESLAVA, Luís; OBREGÓN, Liliana; URUEÑA, René. Imperialismo(s) y Derecho(s) Internacional(es): Ayer y Hoy. In: ANGHIE, Antony; KOSKENNIEMI, Martti; ORFORD, Anne. Imperialismo y Derecho Internacional. Bogotá: Siglo del Hombre/Universidad de los Andes/Pontifícia Universidad Javeriana, 2016, pp. 11-94.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 18 ed. São Paulo: Nacional, 1982.

GALINDO, George. Para que serve a história do direito internacional? Revista de Direito Internacional, v. 12, n. 1, pp. 338-54, 2015.

GHIRARDI, José; NASSER, Salem. Representações do Direito e a Crise da Modernidade. São Paulo: FGV Direito SP, 2016.

GIANNATTASIO, Arthur. Permanência do Teológico-Político? Uma Análise do Pensamento Político do Materialismo Ateu de Holbach a partir de Claude Lefort. Cadernos Espinosanos, v. 29, pp. 88-121, 2013.

GIANNATTASIO, Arthur. A juridificação de conflitos políticos no direito internacional público contemporâneo: uma leitura política da paz pelo direito de Hans Kelsen a partir do pensamento político de Claude Lefort. Revista de Direito Internacional, v. 13, n. 1, pp. 57-76, 2016.

GIANNATTASIO, Arthur. Fundamentos de uma análise sociológica crítica das instituições jurídicas internacionais: negatividade e política na metodologia dos estudos em Direito Internacional no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Políticos, v. 116, pp. 113-158, 2018.

GOÉS FILHO, Synesio. Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas. Brasília: FUNAG, 2015.

GROSSI, Paolo. L'Europa del Diritto. 7 ed. Roma: Laterza, 2011.

GUERREIRO, Ramiro. Homenagem da Comissão Jurídica Interamericana ao Doutor Raul Fernandes. In: ORGANIZACIÓN DE LOS ESTADOS AMERICANOS (OEA). XIV Curso de Derecho Internacional. Washington DC: Subsecretaría de Asuntos Jurídicos de la Secretaría General de la OEA, 1988, p. xi-xxii.

HESPANHA, António. História das Instituições - Épocas Medieval e Moderna. Coimbra: Almedida, 1982.

HESPANHA, António. A Cultura Jurídica Europeia. Coimbra: Almedina, 2012.

IMPÉRIO DO BRASIL; ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Tratado de Amizade, Navegação, e Commercio, 12 de Dezembro de 1828.

IMPÉRIO DO BRASIL; IMPÉRIO DA ÁUSTRIA. Tratado de Commercio, e Navegação, 16 de Junho de 1827.

IMPÉRIO DO BRASIL; IMPÉRIO DA CHINA. Tratado de Amizade, Commercio, e Navegação, 5 de Setembro de 1880.

IMPÉRIO DO BRASIL; IMPÉRIO DA CHINA. Tratado de Amizade, Commercio e Navegação, 3 de Outubro de 1881.

IMPÉRIO DO BRASIL; IMPÉRIO OTTOMANO. Tratado de Amizade, Commercio e Navegação, 5 de Fevereiro de 1858.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO DA BÉLGICA. Tratado de Commercio, e Navegação, 22 de Setembro de 1834.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO DA DINAMARCA. Tratado de Commercio, e Navegação, 26 de Abril de 1828.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO DA FRANÇA. Tratado de Amizade, Navegação, e Commercio, 8 de Janeiro de 1826.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO DE PORTUGAL. Tratado de Amizade e Aliança, 18 de Outubro de 1825.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO DOS PAÍSES BAIXOS. Tratado de Amizade, Navegação, e Commercio, 20 de Dezembro de 1828.

IMPÉRIO DO BRASIL; REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA. Tratado de Amizade, Navegação, e Commercio, 18 de Outubro de 1825.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA DA BOLÍVIA. Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Commercio e Extradição, 27 de Março de 1867.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA DO CHILE. Tratado de Amizade, Commercio, e Navegação, 18 de Setembro de 1838.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAY. Tratado de Alliança, 12 de Outubro de 1851.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA DO PARAGUAY. Tratado de Alliança, Commercio, e Limites, 7 de Outubro de 1844.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA PERUANA. Tratado de Paz, Amizade, Commercio e Navegação, 8 de Julho de 1841.

IMPÉRIO DO BRASIL; REPÚBLICA DAS PROVÍNCIAS UNIDAS DO RIO DA PRATA. Convenção Preliminar de Paz, 27 de Agosto de 1828.

KLEINMANN, Hans-Otto. Die österreichische Diplomatie und die Anerkennung der amerikanischen Staaten. In: Mitteilungen des österreichischen Staatsarchivs. v. 34. Wien: Ferdinand Berger & Söhne, 1981, pp. 174-233.

KOHEN, Marcelo. La Contribution de l'Amérique Latine au Développement Progressif du Droit International en Matière Territoriale. Relations Internationales, v. 137, n. 1, pp. 13-29, 2009.

LAFER, Celso. A Identidade Internacional do Brasil e a Política Externa Brasileira. São Paulo: Perspectiva, 2001.

LARA, Silvia. Diferentes e Desiguais. In: LARA, Silvia. Fragmentos Setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, pp. 79-125.

LOPES, José. O Direito na História. 2 ed. São Paulo: Max Limonad, 2002.

LORCA, Arnulf. Mestizo International Law. Cambridge: Cambridge University, 2016.

MANCINI, Pasquale. A Nacionalidade como Fundamento do Direito das Gentes. In: MANCINI, Pasquale. Direito Internacional. Ijuí: Unijuí, 2003a, pp. 31- 86.

MANCINI, Pasquale. Características do Velho e do Novo Direito das Gentes. In: MANCINI, Pasquale. Direito Internacional. Ijuí: Unijuí, 2003b, p. 97-110.

MONTEIRO, Nuno. As Reformas na Monarquia Pluricontinental Portuguesa: De Pombal a Dom Rodrigo de Sousa Coutinho. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria (Org.). O Brasil Colonial. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, pp. 111-56.

MORAVCSIK, Andrew. The Choice for Europe. London: Routledge, 2005.

NAPOLITANO, Carlos. História do Brasil República. São Paulo: Contexto, 2016.

OBREGÓN, Liliana. Completing Civilization: Creole Consciousness and International Law in Nineteenth-Century Latin America. In: ORFORD, Anne (ed.). International Law and its Others. Cambridge: Cambridge University, 2006, pp. 247-64.

ONUMA, Yasuaki. Direito Internacional em Perspectiva Transcivilizacional. Belo Horizonte: Arraes, 2016.

PEÑA, Felix; LAFER, Celso. Argentina e Brasil nas Relações Internacionais. São Paulo: Duas Cidades, 1978.

PILLET, Antoine. Les Fondateurs du Droit International. Paris: V. Giard & E. Brière, 1904.

PIMENTA, João. A Independência do Brasil e a Experiência Hispano-Americana. São Paulo: Hucitec/FAPESP, 2015.

PIMENTA, João. Tempos e Espaços das Independências. São Paulo: Intermeios / USP: Programa de Pós-Graduação em História Social 2017.

PLANAS-SUAREZ, Simon. L'Extension de la Doctrine de Monroe en Amérique du Sud. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 5, pp. 267-365, 1924.

POLLACK, Mark; SHAFFER, Gregory. Who Governs? In: POLLACK, Mark & SHAFFER, Gregory. Transatlantic Governance in the Global Economy. Lanham: Rowman, 2001.

PRADO JR., Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Círculo do Livro, 1976.

PRADO, Maria; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2016.

RÁO, Vicente. Saudação do Prof. Vicente Ráo ao Embaixador Raul Fernandes, Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, p. 454-73, 1952.

REINO DE PORTUGAL; REINO DA ESPANHA. Tratado de Limites das Conquistas entre as Coroas de Portugal e Espanha, 13 de Janeiro de 1750. (Tratado de Madri).

REINO DE PORTUGAL. Alvará de 19 de Junho de 1789. In: Collecção da Legislação Portugueza desde a Última Compilação das Ordenações. Lisboa: Maigrense, 1828, pp. 552-6.

RIBEIRO JÚNIOR, José. O Brasil Monárquico em Face das Repúblicas Americanas. In: MOTA, Carlos (Org.). Brasil em Perspectiva. 10 ed. Rio de Janeiro/São Paulo, DIFEL, 1978, pp. 146-61.

RICUPERO, Rubens. A Diplomacia na Construção do Brasil (1750-2016). Rio de Janeiro: Versal, 2017.

RODRÍGUEZ, Luis. L'uti possidetis et les Effectivités dans les Contentieux Territoriaux et Frontaliers. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 263, pp. 149-379, 1997.

ROBERTS, Anthea. Is International Law International? Oxford: Oxford University, 2018.

SANCHEZ, Michelle; SILVA, Elaini; CARDOSO, Evorah; SPÉCIE, Priscila. Política Externa como Política Pública: Uma Análise pela Regulamentação Constitucional Brasileira (1967-1988). Revista de Sociologia e Política, n. 27, pp. 125-43, 2006.

SCHACHTER, Oscar. The Invisible College of International Lawyers. Northwestern University Law Review, v. 72, n. 2, pp. 217-26, 1977.

SCHMITT, Carl. O Nomos da Terra no Direito das Gentes do jus publicum europaeum. Rio de Janeiro: Contraponto/PUC-Rio, 2014.

SLAUGHTER, Anne-Marie. A New World Order. Princeton/Oxford: Princeton University, 2004.

TARAZONA, Liliana. Regionalismo Construído: Uma Breve História do Direito Internacional Latino-Americano. In: BADIN, Michelle; BRITO, Adriane; VENTURA, Deisy. Direito Global e suas Alternativas Metodológicas. São Paulo: FGV Direito SP, 2016, pp. 97-118.

TRINDADE, Antônio. Compulsory Jurisdiction of the Inter-American Court of Human Rights under the American Convention on Human Rights. In: TRINDADE, Antônio. The Construction of a Humanized International Law. Leiden/Boston: Brill Nijhoof, 2015, p. 521-42.

TRUYOL Y SERRA, Antonio. Genèse et Structure de la Société Internationale. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 96, pp. 553-642, 1959.

TRUYOL Y SERRA, Antonio. L'Expansion de la Société Internationale aux XIX e et XX e Siècles. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 116, pp. 87-179, 1965.

URRUTIA, Francisco-José. La Condification du Droit International en Amérique. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 22, pp. 81-236, 1928.

VEÇOSO, Fabia. Bandung in the Shadow: the Brazilian Experience. In: ESLAVA, Luis; FAKHRI, Michael; NESIAH, Vasuki. (Org.). Bandung, Global History, and International Law. Critical Pasts and Pending Futures. Cambridge: Cambridge University, 2017, pp. 411-428.

VIANNA, Helio. História Diplomática do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1950.

VIANNA, Helio. História do Brasil. v. II. São Paulo: Melhoramentos, 1970.

VIEHWEG, Theodor. Tópica e Jurisprudência. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 2008.

WIEACKER, Franz. História do Direito Privado Moderno. 2 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1980.

ZIMMERMAN, Michel. La Crise de l'Organisation Internationale à la Fin du Moyen Age. Recueil des Cours de l'Académie de Droit International, v. 44, t. II, pp. 315-438, 1933.

Downloads

Publicado

2021-03-31

Como Citar

Capella Giannattasio, A. R. (2021). Tratado de Madri de 1750 e sociedade de cortes: elementos de um legado colonial jurídico internacional no Brasil independente. Revista Direito, Estado E Sociedade. https://doi.org/10.17808/des.0.1478

Edição

Seção

Artigos